As primeiras tentativas de cirurgias bariátricas datam os anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, período que teria provocado uma mudança de hábitos na sociedade. Porém, à época, os passos foram curtos e sem sucesso. Cerca de duas décadas depois, o procedimento ganhou descobertas e espaços nos Estados Unidos e, nos anos 80, começou a ser difundido no Brasil. A chegada da popularmente chamada “redução do estômago” representou uma oportunidade de vida nova aos que sofriam durante muito tempo de obesidade mórbida.
A Gastroplastia, Cirurgia Bariátrica ou Cirurgia da Obesidade, leva ao extremo emagrecimento e, em alguns casos mais graves, à eliminação de até três dígitos na balança. Essa perda, em geral, leva a uma grande flacidez em várias partes do corpo, como braços e pernas, mas, principalmente, no abdômen, considerada uma região crítica de deformidade do contorno corporal após uma baixa significativa de peso. Diante disso, a abdominoplastia entra como um complemento importantíssimo no tratamento da obesidade mórbida.
É relevante ressaltar que essa necessidade não ocorre em todos os casos, mas é inquestionável que se trata de uma realidade na maioria das situações. E quando é feito? Em geral, o cirurgião plástico observa dois aspectos: a liberação pelo médico que fez a bariátrica (em média, um ano depois) e a estabilidade corporal, por pelo menos seis meses.
A perda extrema de elasticidade da pele não significa só um incômodo estético, mas uma interferência no funcionamento do organismo. Há pacientes que relatam problemas dermatológicos e na postura por conta da flacidez severa. Isso sem falar no comprometimento que causa na vida profissional e pessoal – relações pessoais e relacionamento sexual.
O primeiro passo é uma conversa no consultório. O cirurgião plástico ouve as queixas de quem já perdeu o peso necessário para ter uma vida nova, mas que ainda precisa de ajustes. Além disso, o profissional realiza o exame clínico e solicita as avaliações pré-operatórias para verificar o estado de saúde do paciente e afastar quaisquer problemas que possam impossibilitar a cirurgia.
A abdominoplastia é feita em ambiente hospitalar. A anestesia pode ser tanto geral quanto peridural. O procedimento varia, em média, de 3 a 4 horas. Existem diversas técnicas, sendo as duas mais utilizadas em pacientes pós-bariátricos a “clássica” e a “âncora”.
Na abdominoplastia clássica, realiza-se uma incisão no abdômen inferior (como se fosse uma cesariana estendida), seguida de um descolamento do abdômen até a sua parte superior. Retira-se o excesso de pele e costuram-se os músculos da parede abdominal, os quais estão afastados em decorrência da obesidade ou de gestações prévias.
A abdominoplastia em âncora consiste em adicionar ao procedimento clássico uma cicatriz vertical, com o objetivo de retirar mais pele e evitar as sobras na parte superior do abdômen. Essa é mais indicada em pacientes com grandes perdas ponderais ou que realizaram a cirurgia bariátrica por laparotomia (e não por videolaparoscopia).
O tempo de internação costuma ser de 24 horas. Como em toda cirurgia, é preciso seguir corretamente as orientações para o pós-operatório, de forma a ajudar o organismo a oferecer melhores resultados. Desde o primeiro dia, já se recomenda realizar caminhadas e movimentações, com o intuito de prevenir fenômenos tromboembólicos. O paciente deve andar encurvado nos primeiros dez dias, assim como usar cinta modeladora pelo período de 60 dias. Normalmente, com duas semanas a pessoa já se encontra apta a voltar às suas atividades diárias.
A abdominoplastia não é um fato isolado e pontual nos casos de pós-bariátrica e, sim, uma continuidade de procedimentos e medidas que o “ex-obeso” mórbido precisa para ter uma vida melhor. É imprescindível que o paciente procure um profissional devidamente habilitado e ciente das particularidades de cada caso, porque, por um lado, a correção no abdômen nem sempre se faz necessária e ele deve deixar isso claro, e por outro, quando há indicação, a cirurgia não pode ser feita a qualquer momento, pela simples vontade de retirar os excessos. É preciso aguardar a “acomodação” do organismo depois da bariátrica para se alcançar melhores mudanças. Quando há uma combinação de competência e bom senso, o cenário se torna favorável ao sucesso. Primeiro, porque haverá mais segurança para os dois lados, segundo, porque as chances de resultados satisfatórios aumentam e, por fim, o paciente conta com ganhos na autoestima na nova fase da vida.

Saiba quem é o Dr Rafael Quaresma

O Dr Rafael Quaresma é médico formado pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Fez especialização em cirurgia geral pela Hospital Universitário de Brasília (HUB) e cirurgia plástica no Hospital Daher. É Membro especialista pela sociedade brasileira de cirurgia plástica (SBCP). Atua realizando cirurgias plásticas em geral e cirurgias reparadoras e de contorno corporal pós cirurgia bariátrica.

Saiba mais sobre a Clínica Evexia

Imagine um lugar que une eficiência e conforto: essa combinação você encontra na Clínica Evexia, considerada um centro de excelência em Dermatologia e Cirurgia Plástica. Os médicos, Dr. Rafael Quaresma de Lima e Dra. Sofia Sales, e equipe oferecem atendimento individualizado voltado à melhora estética, da autoestima e mais qualidade de vida.

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